INCÊNDIO ATINGE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO NO SUL DE RORAIMA

21:23:00 Grupo PET-Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una 0 Comments Category :

Combate a incêndio florestal no Parque Nacional do Viruá
(Fonte: João Freire/ICMBio)

Quatro unidades de conservação administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) estão ameaçadas por incêndios florestais: Estação Ecológica de Caracaraí, Floresta Nacional de Roraima, Floresta Nacional de Anauá e o Parque Nacional do Viruá, na região Sul do estado de Roraima. Sexta-feira (11) as chamas das queimadas destruíram 20% da área de floresta do Parque Nacional do Viruá, Localizado nos municípios de Caracaraí e Rorainópolis em Roraima, onde a situação é mais crítica.
De acordo com o ICMBio, neste ano, a seca em Roraima está mais intensa do que em anos anteriores, por causa do fenômeno climático El Niño, caracterizado por um aquecimento anormal das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical que altera o clima regional e global. Em todo o estado foram identificados 619 focos de calor apenas nos primeiros dez dias de março, número bem acima da média para o mês inteiro, que é de 565 focos.
Para combater o fogo e preservar as florestas nas unidades, o ICMBio, com o apoio do Ibama e Defesa Civil, montou uma base com equipes que atuam no controle do incêndio. Os 70 brigadistas e bombeiros contaram com dois aviões-tanque e dois helicópteros e caminhonetes.
Segundo o coordenador de emergências ambientais do ICMBio, Christian Berlinck, “a principal causa é o fogo ilegal, usado para limpar roça ou para desmatamento. Como o clima está muito seco, o fogo sai do controle e vira um incêndio de grande proporção.”
“O custo de uma operação destas é cerca de vinte vezes maior do que o gasto com as ações preventivas que fazemos ao longo do ano”, lamenta a coordenadora regional substituta do ICMBio, Maressa Girão. “As pessoas precisam se conscientizar que não podem usar fogo durante a seca”, frisa.
O coordenador de emergências ambientais, Berlinck, ainda adverte a população a não causar incêndio, pois as chamas podem atingir áreas de conservação, o que é considerado crime ambiental.  “O problema é ainda maior quando o fogo entra nas unidades de conservação. Especialmente quando atinge áreas de floresta. Os danos podem ser irreversíveis, com grande perda de fauna e flora. Quando isso acontece, é um crime ambiental e o autor do fogo pode ser preso e ter sua propriedade embargada” diz Berlinck. 
Desde o início do ano estão suspensas as queimadas no estado e o produtor que fizer queimada está sujeito a pagar multa que pode chegar a R$ 5 mil por hectare.

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