CAFÉ COM PET: ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA
Na terça-feira, dia
27 de agosto, foi realizado mais um Café com PET, sob condução das PETianas
Milenna Ayla e Josefa Caroline. A temática abordada na roda de conversa foi
Escravidão Contemporânea.
Segundo a advogada e
pós-graduanda em Direito e Processo do Trabalho Renata Alessandra Pinho: “A
escravidão contemporânea ainda é um assunto ignorado por boa parte da sociedade
em distintas classes sociais. E por diversas vezes, pelos próprios indivíduos escravizados
que não têm conhecimento de seus direitos sonegados e sua condição social, o
que acaba tornando tudo muito mais fácil para seus empregadores”. No Brasil o
trabalho escravo contemporâneo está presente em atividades como a pecuária,
indústria têxtil, construção civil, cultivo de cana de açúcar e construção
civil.
Segundo dados do
ministério do trabalho, no Brasil, de 1995 a 2015, 49.816 pessoas foram
libertadas da escravidão. E, segundo o programa educacional da Repórter Brasil
intitulado Escravo, nem pensar!, o setor pecuário e
corte de cana ainda são os maiores empregadores do trabalho escravo no
Brasil.
PETianas Millena Ayla e Carol Josefa conduzindo o debate |
Diante deste
cenário, a escravidão contemporânea não é mais baseada no direito do indivíduo
de ter um título de propriedade sob o outro. No entanto, é marcada por outras
características que chamam à atenção. Na presente atividade os participantes
relataram suas experiências e conhecimentos sobre o tema, bem como relataram a
falta de informação sobre o assunto e a relevância que o mesmo apresenta.
Depoimento:
A estudante de
Ciências Biológicas, Ana Paula de Oliveira Conceição, falou da importância do
debate para ela, o qual fez com que ela tivesse uma nova percepção em relação
ao tema abordado. “Presenciei várias vezes a escravidão dentro até mesmo na
minha própria casa”, a citou com o exemplo da mãe que trabalha como doméstica,
várias horas por dia e não conhece os direitos que tem, justamente por conta da
falta de informação. A mesma afirmou que
não via aquela situação como uma forma de trabalho escravo.
O Café com PET
continua. Sigam as redes sociais do PET e fiquem atentos aos murais do Campus
para saber os dias, horários e locais das próximas rodas de conversa.
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