RAPOSA-DO-CAMPO (Lycalopex vetulus)
RAPOSA-DO-CAMPO
Também conhecida como
raposinha ou jaguarapitanga, é uma espécie endêmica nativa do Brasil,
principalmente em regiões com ambientes de campos e cerrados, abrangendo os
estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e
uma pequena área que inclui o Tocantins, Piauí, Paraíba, Ceará e Bahia. Tem
como nome científico Lycalopex vetulus.
Embora compartilhe algumas semelhanças, não são consideradas raposas verdadeiras,
porque não são pertencentes ao gênero Vulpes e sim ao gênero Lycalopex, da
família Canidae, na qual possui diferenças genéticas, morfológicas e
comportamentais em relação às verdadeiras (Globo, 2022)
Possui características
como: tamanho pequeno, coloração que varia de acinzentado ou avermelhado, com
manchas brancas na região da garganta e do peito, focinho curto e com cauda
felpuda que apresenta uma mancha escura na ponta. Em época de acasalamento a
fêmea procura um macho através de ações comportamentais como vocalizações e
interações físicas, para assim formar seu par durante a época de reprodução,
portanto é considerada uma espécie monogâmica. Sua gestação dura cerca de 60
dias com ninhada que varia de 2 a 4 filhotes, estes nascem cegos e desprovidos
de pelos, mais desenvolvem-se rapidamente (Jardim Zoológico de Brasília, 2020).
Fonte: Adrien Mauss, 2023. |
A IUCN (União
Internacional para a Conservação da natureza) não declara essa espécie como
ameaçada de extinção, no entanto, no Brasil, o Instituto Chico Mendes de
Conservação à julga como vulnerável à extinção, pelo fato de que são caçados
pelos seres humanos por serem consideradas predadores de animais domésticos,
são vítimas de atropelamentos, desmatamento, doenças, alta mortalidade de
filhotes, além de serem bastante confundidos por pesquisadores , com o
cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e o graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus)
por conta da sua coloração, o que torna desconhecido o tamanho da sua população
e como funciona sua dinâmica ( Lemos, et al., 2013).
Referências
RAPOSA-DO-CAMPO: SAIBA
POR QUE ELA NÃO É PROPRIAMENTE UMA RAPOSA. Globo, 2022. Disponível em: < https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2022/08/17/raposa-do-campo-saiba-por-que-ela-nao-e-propriamente-uma-raposa.ghtml>.
Acesso em 20. Set. 2023.
RAPOSA-DO-CAMPO. Fundação
Jardim Zoológico de Brasília, 2020. Disponível em: < https://www.zoo.df.gov.br/raposa-do-campo/#:~:text=Caracter%C3%ADsticas%3A%20%C3%89%20o%20menor%20can%C3%ADdeo,uma%20mancha%20escura%20na%20ponta.>.
Acesso em 20. Set. 2023.
LEMOS, Frederico Gemesio; DE AZEVEDO, Fernanda Cavalcanti; BEISIEGEL, Beatriz de Mello; JORGE, Rodrigo Pinto Silva; DE PAULA, Rogério Cunha; RODRIGUES, Flávio Henrique Guimarães; RODRIGUES, Lívia de Almeida. Avaliação do risco de extinção da Raposa-do-Campo. Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros, Iperó-SP, v.3, nº1, p. 160-171. Jun.2013. Disponível em: < file:///C:/Users/cgabr/Downloads/382-Texto%20do%20Artigo-1550-1-10-20131007%20(1).pdf>. Acesso em 20. Set. 2023.
0 comentários