RAPOSA-DO-CAMPO (Lycalopex vetulus)

17:07:00 Grupo PET-Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una 0 Comments Category :

 

RAPOSA-DO-CAMPO


 Por: Adriana Costa Santana e Gabrielle Caroline de Sousa - Tutora: Daniela Vieira Chaves

 

    Também conhecida como raposinha ou jaguarapitanga, é uma espécie endêmica nativa do Brasil, principalmente em regiões com ambientes de campos e cerrados, abrangendo os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e uma pequena área que inclui o Tocantins, Piauí, Paraíba, Ceará e Bahia. Tem como nome científico Lycalopex vetulus. Embora compartilhe algumas semelhanças, não são consideradas raposas verdadeiras, porque não são pertencentes ao gênero Vulpes e sim ao gênero Lycalopex, da família Canidae, na qual possui diferenças genéticas, morfológicas e comportamentais em relação às verdadeiras (Globo, 2022)

      Possui características como: tamanho pequeno, coloração que varia de acinzentado ou avermelhado, com manchas brancas na região da garganta e do peito, focinho curto e com cauda felpuda que apresenta uma mancha escura na ponta. Em época de acasalamento a fêmea procura um macho através de ações comportamentais como vocalizações e interações físicas, para assim formar seu par durante a época de reprodução, portanto é considerada uma espécie monogâmica. Sua gestação dura cerca de 60 dias com ninhada que varia de 2 a 4 filhotes, estes nascem cegos e desprovidos de pelos, mais desenvolvem-se rapidamente (Jardim Zoológico de Brasília, 2020).


Fonte: Adrien Mauss, 2023.



       Essa raposa possui uma dieta insetívora-onívora onde fazem parte da sua alimentação insetos, como cupins, besouros, gafanhotos, frutos e alguns mamíferos pequenos (cobras, lagartos, cobras), sendo essencial na dispersão de sementes. Possuem hábitos crepúsculo-noturno, ou seja, começam suas atividades ao anoitecer até ao amanhecer e habitam tocas abandonadas por outros animais, essas são adaptações que ajudam a maximizar sua eficácia como evitar predadores naturais, regulação térmica, competição e condições climáticas desfavoráveis, e geralmente tornam-se mais bem-sucedidos em seu ecossistema específico (Lemos, et.al., 2013).          

    A IUCN (União Internacional para a Conservação da natureza) não declara essa espécie como ameaçada de extinção, no entanto, no Brasil, o Instituto Chico Mendes de Conservação à julga como vulnerável à extinção, pelo fato de que são caçados pelos seres humanos por serem consideradas predadores de animais domésticos, são vítimas de atropelamentos, desmatamento, doenças, alta mortalidade de filhotes, além de serem bastante confundidos por pesquisadores , com o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e o graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus) por conta da sua coloração, o que torna desconhecido o tamanho da sua população e como funciona sua dinâmica ( Lemos, et al., 2013).

Referências

RAPOSA-DO-CAMPO: SAIBA POR QUE ELA NÃO É PROPRIAMENTE UMA RAPOSA. Globo, 2022. Disponível em: < https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2022/08/17/raposa-do-campo-saiba-por-que-ela-nao-e-propriamente-uma-raposa.ghtml>. Acesso em 20. Set. 2023.

RAPOSA-DO-CAMPO. Fundação Jardim Zoológico de Brasília, 2020. Disponível em: < https://www.zoo.df.gov.br/raposa-do-campo/#:~:text=Caracter%C3%ADsticas%3A%20%C3%89%20o%20menor%20can%C3%ADdeo,uma%20mancha%20escura%20na%20ponta.>. Acesso em 20. Set. 2023.

LEMOS, Frederico Gemesio; DE AZEVEDO, Fernanda Cavalcanti; BEISIEGEL, Beatriz de Mello; JORGE, Rodrigo Pinto Silva; DE PAULA, Rogério Cunha; RODRIGUES, Flávio Henrique Guimarães; RODRIGUES, Lívia de Almeida. Avaliação do risco de extinção da Raposa-do-Campo. Avaliação do Estado de Conservação dos Carnívoros, Iperó-SP, v.3, nº1, p. 160-171. Jun.2013. Disponível em: < file:///C:/Users/cgabr/Downloads/382-Texto%20do%20Artigo-1550-1-10-20131007%20(1).pdf>. Acesso em 20. Set. 2023.

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