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Figura 1: Tutora do
grupo pet durante treinamento na Europa
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A atual tutora do
grupo PET Drª. Marlete Moreira Mendes Ivanov participou de um treinamento sobre
modelagem de nicho ecológico na Universidade de Lisboa (ULisboa), Portugal.
Com o objetivo de
ampliar pesquisas na temática de nicho, pesquisadores europeus de diferentes
países propuseram uma nova abordagem em modelagem de nicho, atualmente. Existem
diversos modelos e softwares especializados para tal finalidade, como o
software MaxEnt que é baseado em localidades de ocorrência georreferenciadas,
mapeando a distribuição das espécies. Outro método é modelagem de nicho de
Hutchinson, que utiliza variáveis meteorológicas, como precipitação e
temperatura médias anuais para descrever o nicho de uma espécie. Estes
pesquisadores, com base nesses modelos descritos acima, desenvolveram uma nova
técnica de modelagem de nicho, aperfeiçoando o modelo de Hutchinson e
utilizando informações geográficas das espécies, sendo as análises realizadas
com o uso do programa estatístico R.
A professora Marlete Ivanov, além de entender os
princípios base da modelagem, também pode aproveitar a ocasião para testar o
modelo, tendo como base uma espécie vegetal com a qual trabalhou no doutorado.
A espécie selecionada foi Cordia oncocalyx Allemão
(Boraginaceae), conhecida popularmente como pau banco, endêmica do bioma
Caatinga. O trabalho consiste em realizar levantamento de todos os pontos
georreferenciados de ocorrência da espécie e, em seguida, buscar as informações
sobre características climatológicas de cada ponto de ocorrência para rodar o
modelo. O objetivo é reconhecer as condições preferenciais de ocorrência da espécie, podendo fazer previsões sobre a permanência da espécie em situações de mudanças nas condições climáticas. Um artigo está sendo preparado em parceria entre a Universidade Federal do Ceará, a Universidade Federal do Piauí e a
Universidade de Lisboa.
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Figura 2: Drª Marlete em Torre de Belém, Portugal
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Para a tutora “A
novidade desse trabalho é a junção de coordenadas geográficas com as condições
climáticas no uso de modelagem para se conhecer as condições preferenciais em
que uma espécie ocorre”. A mesma relata que foi uma experiência singular poder
intercambiar ideias com pesquisadores de outro país e conhecer novas técnicas
de análise de dados. “Será gratificante conseguirmos publicar o resultado dessa
parceria”, conclui.
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