sexta-feira, 16 de outubro de 2015

UFPI VISA CONSTRUIR BIODIGESTOR A PARTIR BIOMASSA DE AGUAPÉS DO RIO POTY


Ocupação de aguapés no leito do rio Poty em Teresina

           Em desenvolvimento como parte de um projeto de Iniciação Científica Voluntária (ICV), o trabalho de criação de um biodigestor capaz de utilizar a biomassa de aguapés – planta aquática natural que ocorre no rio Poty em Teresina – para produção de energia é coordenado pelo Prof. Dr. Jean Prost Moscardi, do Departamento de Recursos Hídricos e Geologia Aplicada, da Universidade Federal do Piauí. Desenvolver o biodigestor, compreender e verificar o volume de gás produzido a partir da biomassa da planta são os principais objetivos pretendidos. Segundo o professor Jean os aguapés ocupam mais de 40% das margens do rio Poty em Teresina, capital do Piauí, e uma das possíveis soluções para o controle do excesso dos aguapés seria a possível produção de energia através de digestão destes por processos anaeróbios.
O professor complementa que a ideia é tentar utilizar o máximo possível de aguapés e evitar um problema maior no rio, pois a proliferação destes pode impedir a penetração da luminosidade, ocasionando diretamente a redução de oxigênio na água e luz no sistema aquático, produzindo danos tanto a micro como macro fauna e flora.
Segundo a estudante de Iniciação Científica, Gabriela Santos, no Brasil, o uso de energias renováveis é cada vez mais necessário e mais desafiador. Essas fontes complementares devem ser estudadas e cada vez mais usadas junto a fontes convencionais. A economia ganha com o uso, já que se utilizarão recursos mais baratos e ganha-se também em preservação do meio ambiente.
O interessante da produção de energia a partir da biomassa dos aguapés é que além de impedir um problema maior no rio, como destaca o professor, essa produção produzirá energia proveniente da utilização do gás metano a partir do processo de decomposição da parte orgânica dos aguapés. O professor ainda explica que o restante, na forma de resíduo sólido, após ser decomposto por bactérias é considerado estabilizado e utilizado como adubo, reduzindo assim a quantidade de resíduos que vão para o aterro sanitário.



Mais informações: http://www.ufpi.br/noticia.php?id=30114

Nenhum comentário:

Postar um comentário