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Ocupação de aguapés no leito do rio Poty em Teresina |
Em desenvolvimento como parte de um projeto de Iniciação Científica Voluntária (ICV), o trabalho de criação de um biodigestor capaz de utilizar a biomassa de aguapés – planta aquática natural que ocorre no rio Poty em Teresina – para produção de energia é coordenado pelo Prof. Dr. Jean Prost Moscardi, do Departamento de Recursos Hídricos e Geologia Aplicada, da Universidade Federal do Piauí. Desenvolver o biodigestor, compreender e verificar o volume de gás produzido a partir da biomassa da planta são os principais objetivos pretendidos. Segundo o professor Jean os aguapés ocupam mais de 40% das margens do rio Poty em Teresina, capital do Piauí, e uma das possíveis soluções para o controle do excesso dos aguapés seria a possível produção de energia através de digestão destes por processos anaeróbios.
O professor complementa que a ideia é tentar
utilizar o máximo possível de aguapés e evitar um problema maior no rio, pois a
proliferação destes pode impedir a penetração da luminosidade, ocasionando
diretamente a redução de oxigênio na água e luz no sistema aquático, produzindo
danos tanto a micro como macro fauna e flora.
Segundo a estudante de Iniciação Científica,
Gabriela Santos, no Brasil, o uso de energias renováveis é cada vez mais
necessário e mais desafiador. Essas fontes complementares devem ser estudadas e
cada vez mais usadas junto a fontes convencionais. A economia ganha com o uso,
já que se utilizarão recursos mais baratos e ganha-se também em preservação do
meio ambiente.
O interessante da produção de energia a partir da
biomassa dos aguapés é que além de impedir um problema maior no rio, como
destaca o professor, essa produção produzirá energia proveniente da utilização
do gás metano a partir do processo de decomposição da parte orgânica dos aguapés.
O professor ainda explica que o restante, na forma de resíduo sólido, após ser
decomposto por bactérias é considerado estabilizado e utilizado como adubo,
reduzindo assim a quantidade de resíduos que vão para o aterro sanitário.
Mais
informações: http://www.ufpi.br/noticia.php?id=30114
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