PADRE JOÃO SE MOSTRA INDIGNADO COM ABANDONO NO SUL DO PIAUÍ

23:21:00 Grupo PET-Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una 0 Comments Category :

Umas das personalidades mais importantes na região de Baixa Grande do Ribeiro e Currais o Padre João, tem seu trabalho marcado por iniciativas que visam ajudar as comunidades que vivem isoladas e esquecidas pelas autoridades públicas.

Desde que chegou a região ele não limitou-se a apenas celebrar missas e fazer reparos em estradas mas também lutar por justiça social e trabalhar em defesa do meio ambiente. Uma das maiores preocupações do padre é a presença de monoculturas no Sul do Piauí, principalmente em Baixa Grande do Ribeiro. Ele reclama da imensidão de áreas destinadas ao plantio de soja como também das grilagens de terras públicas que continuam ocorrendo na região.  “O pessoal do Sul do país chega aqui, compra 5 mil hectares de terras e transformam em 20 mil hectares com muita facilidade”, disse o padre mostrando-se indignado com a situação. “Não temos certeza, mas, o pessoa da InSd (multinacional) compraram 70mil hectares e estrangeiros não podem adquirir  tanta terra assim, portanto, eles colocam em nome de” laranjas” e tem mais, um dos maiores grileiros da região é o Presidente do Sindicato de Trabalhadores de Baixa Grande!” – denuncia padre João. Ele também está preocupado com o uso de defensivos químicos nas plantações, o que é muito comum nas comunidades próximas à monocultura. “Eles usam aqueles aviões para jogar veneno na soja e as pessoas que moram perto das serras, respiram todo o veneno” – comenta e diz que na comunidade Mata Grande, em Baixa Grande do Ribeiro, todos que moram perto do Riozinho (riacho) estão doentes. “Adultos, crianças, jovens, todos doentes por causa do veneno.”, assegura.

É visível também a indignação do Padre em relação à falta de políticas públicas para a região e do completo abandono das autoridades. Ainda segundo ele, o mais grave de tudo é que as monoculturas, como a soja, por exemplo, "só geram empregos mesquinhos! Sem carteira assinada. Não precisamos disso", finaliza.

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