CAITITU (Pecari tajacu)
O caititu (Pecari tajacu Linnaeus, 1758), cateto ou porco do mato, é
uma da espécie pertencente ao filo Chordata, classe: mammalia, ordem
Artiodactyla e família Tayassuidae (ICMBio, 2012). É uma espécie de porcos
nativas nas Américas, com ampla ocorrência no Brasil, estando presente em todos
os biomas brasileiros, pois se adapta preferencialmente a regiões
semidesérticas, savanas, florestas de altitude e tropicais (ALBULQUERQUE et
al., 2008).
É um mamífero que vive em bandos, constituídos por até 32 indivíduos da espécie entre fêmeas e machos (AZEVEDO; ANTONINI, 2020). O comprimento de um caititu adulto varia de 70 cm a 1 metro, 0,30 a 0,45 metros de altura e peso de 12 a 35 quilos. A espécie se reproduz durante todo ano, podendo gerar de 1 a 3 filhotes por gestação (ALBULQUERQUE et al., 2008).
Caititu adulta e filhote. Fonte: ciências resumo |
Caititus. fonte: Parque ecológico imigrantes |
O caititu é um animal onívoro,
com predominância herbívora, alimentando-se principalmente de folhas, frutos,
raízes, sementes e tubérculos (SANTOS, 2004). Em estação chuvosa, a alimentação
dos caititus chega a 50% composta por frutos, o que os consagram como ótimos em
dispersar sementes, ajudando na biodiversidade e manutenção do ecossistema (DESBIEZ et
al., 2012).
Uma curiosidade sobre esses animais é que eles são fermentadores, ou seja,
tem estômago subdividido em um pré-estômago caracterizado por dois sacos cegos
e um estômago gástrico, tal qual os ruminantes. Seus parentes mais próximos, os
suínos, não possuem esse tipo de digestão.
Dentro dos critérios da IUCN, a espécie está considerada
como menos preocupante (LC), pois tem ampla distribuição e muitos indivíduos
(ICMBio, 2018). Mas isso não significa que o mesmo não esteja sendo afetado por
ações antrópicas. Esse animal sofre bastante com o desmatamento, caça,
introdução de espécies exóticas, fragmentação de habitats, doenças infecciosas,
fogo e mineração (DESBIEZ et al., 2012). Com
isso reforça-se a importância de unidades de conservações como a Estação
ecológica de Uruçuí-UNA onde esses animais vivem com mais tranquilidade em
relação às ameaças.
Referências
AZEVEDO, C.S.; ANTONINI, Y. Em Destaque-Cateto ou caititu: porco selvagem. Revista Científica MG Biota, v. 12, n. 2, pág. 90-92, 2020.
DESBIEZ, A.L.J ; KEUROGHLIAN, A. ; BEISIEGEL, B.N.; MEDICI, E.P. ; GATTI, A. ; PONTES, A.R.M. ; CAMPOS, C.B. ; TÓFOLI, C.F. ; JUNIOR MORAES, E. A.; CAVALCANTI, F.C. ; PINHO, G.M. ; CORDEIRO, J.L.P. ; SANTOS JÚNIOR, T.S.; MORAIS, A.A. ; MANGINI, P.R. ; FLESHER, K.; RODRIGUES, L.F. ; ALMEIDA, L.B. Avaliação do risco de extinção do cateto Pecari tajacu Linnaeus, 1758, no Brasil. Número Temático: Avaliação do Estado de Conservação dos Ungulados. ICMBio. p.74-83, 2012.
ICMBio - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. ICMBio, 4162p, 2018.
SANTOS, D.O.; NOGUEIRA FILHO, S.L.G.; MENDONÇA, S.S.; PIRES, J.V.; SILVA, F.F.; PEREIRA, M.L.A. Digestibilidade aparente “in vivo” de alimentos utilizados na dieta de caititus (Tayassu tajacu). In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA. Campo Grande. 2004.
SANTOS, J.C.C.; MAURO, R.A.; AGUIAR, L.M.S. Cateto – Tayassu tajacu. Fauna e Flora do Cerrado, Campo Grande, 2004. Disponível em: < http://www.cnpgc.embrapa.br/cateto.html >. Acesso em: 01 Maio 2023.
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