ALEGRIM-PIMENTA (Lippia origanoides Kunth)

                                             Alecrim-pimenta (Lippia origanoides Kunth)

Bruno Matias e Gabriela Castro

    Seguindo a rodada sobre a flora presente na ESECUU, hoje vamos falar de uma planta muito conhecida popularmente, o alecrim-pimenta (Lippia origanoides Kunth), também conhecida como alecrim-de-tabuleiro, estrepa-cavalo e alecrim-bravo, sendo muito utilizada
na etnobotânica, em especial como planta medicinal.

    É uma planta nativa do Brasil, especialmente na Caatinga e no Cerrado, pertencente à família das Verbenaceae, que tem como característica o hábito de planta arbustiva, com caule ramificado, com numerosas flores pequenas, de cor branca e reunidas em espigas no final dos ramos. Muito resistente à seca. 

    Possui inúmeros usos, desde o medicinal até como condimento. Pode ser utilizada como chá no tratamento de diarreia, cólicas em bebês, indigestão, febre, náuseas, complicações menstruais e azia. Podendo ser utilizado o extrato fluído das folhas como enxaguatório bucal e como solução de lavagem para lesões superficiais externas. Além disso, essa espécie se destaca por sua atividade antimicrobiana do óleo essencial e dos extratos contra vários microrganismos patogênicos, como fungos e bactérias, e ainda como repelente de insetos.

    Possui ótima palatabilidade e aroma, muito semelhante ao orégano, por isso é utilizado como condimento. Seu aroma agradável provém da sua composição química, que é rico em limoneno, carvacrol, timol e outros compostos. Por conta dessa ampla utilidade, essa planta é muito importante na região, principalmente por seu uso na medicina popular. Além disso, é uma fonte rica de conhecimento, podendo ser explorada na pesquisa científica com interesse na área agronômica, no controle de doenças e pragas e também na farmacologia.