FLORA DA ESEC-UU: PEQUI (Caryocar brasiliense)
O pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) é uma frutífera nativa do Cerrado brasileiro com ampla distribuição pelos estados como MA, PI, GO, BA, CE, PA e MT (RIBEIRO, 2000; MACEDO, 2005). Pertencente à família Caryocaraceae e ao gênero Caryocar L., o nome “pequi” é de origem tupi e significa casca com espinhos (OLIVEIRA, 2008).
O pequi é composto por pericarpo (casca)
de cor esverdeada e mesocarpo interno de cor amarelada que é a parte comestível
do fruto (LIMA, 2008). Além da polpa (mesocarpo), também é utilizada a amêndoa
do fruto para a produção de óleo e derivados (DALMIANI et al., 2013).
O pequizeiro é considerado uma fonte de renda para as várias regiões onde ele está presente, sendo comercializado em feiras livres e mercados (SILVA; TUBALDINI, 2014).
Sua importância econômica está voltada para as indústrias alimentícias e do ramo de cosméticos, tanto pela extração do óleo quanto pela polpa (SANTOS et al.,2013). Ainda há o aproveitamento da casca para alimentação de ruminantes e produção de adubos orgânicos (RODRIGUES et al.,2018).
Devido ao seu grande potencial nutricional e econômico, o pequi é também chamado ouro do Cerrado (SANTOS et al., 2013; RIBEIRO, 2000). Esse fruto faz parte da cultura de várias localidades em que são realizados eventos em alusão ao pequi, como a Festa Nacional do Pequi em Montes Claros (SILVA; TUBALDINI, 2014).
Nesse
contexto observa-se a grandiosidade do pequi no Brasil e quanto se faz
necessário preservá-lo para que as próximas gerações possam desfrutar desse
fruto tão valorizado!
Referências
DAMIANI, C.; ALMEIDA, T. L.; COSTA, N. V.; MEDEIROS, N. X.; SILVA, A. G. M.; SILVA, F. A.; LAGE, M. E.; BECKER, F. S. Perfil de ácidos graxos e fatores antinutricionais de amêndoas de pequi crua e torrada. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 1, p. 71-78, 2013.
LIMA,
A. Caracterização química, avaliação da
atividade antioxidante in vitro e in vivo, e identificação dos compostos
fenólicos presentes no pequi (Caryocar
brasiliense Camb.). 2008. ... f. Tese (Doutorado) - Faculdade de
Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
MACEDO,
J. F. Pequi: do plantio à mesa. Belo
Horizonte: EPAMIG, 2005. 44 p. (Boletim Técnico, 76).
OLIVEIRA, M. E. B.,
GUERRA, N. B., BARROS, L. M., ALVES, R. E. Aspectos
agronômicos e de qualidade do pequi. Fortaleza: Embrapa Agroindústria
Tropical, 2008. 32 p. (Documentos 113). 2015.
RIBEIRO, R. F. Pequi o rei do cerrado. Belo Horizonte:
Rede Cerrado, 2000. p. 62.
RODRIGUES,
M. C.; ARRUDA, H. S.; RAMOS J. A. S. C.; ALMEIDA, M. E. F. Utilização das
cascas e amêndoas do pequi por moradores do norte de Minas Gerais. Revista de Agrotecnologia, v.9, n.2,
p.41-48, 2018.
SANTOS, F. S; SANTOS, R.
F; DIAS, P. P; ZANÃO JR. L. A; TOMASSONI, F. A cultura do Pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Acta
Iguazú, v. 2, n. 3, pág. 46-57, 2013.
SILVA,
M. N. S.; TUBALDINI, M. A. S. O pequi como recurso de uso comum e patrimônio
cultural sertanejo. Geo UERJ, v. 1,
n. 25, p. 161-182, 2014.
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