FLORA DA ESEC-UU: PEQUI (Caryocar brasiliense)

17:11:00 Grupo PET-Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una 0 Comments Category :

O pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) é uma frutífera nativa do Cerrado brasileiro com ampla distribuição pelos estados como MA, PI, GO, BA, CE, PA e MT (RIBEIRO, 2000; MACEDO, 2005). Pertencente à família Caryocaraceae e ao gênero Caryocar L., o nome “pequi” é de origem tupi e significa casca com espinhos (OLIVEIRA, 2008).

Figura 1: Árvore de pequizeiro comum. Fonte: JUNQUEIRA (2017).

O pequi é composto por pericarpo (casca) de cor esverdeada e mesocarpo interno de cor amarelada que é a parte comestível do fruto (LIMA, 2008). Além da polpa (mesocarpo), também é utilizada a amêndoa do fruto para a produção de óleo e derivados (DALMIANI et al., 2013).

O pequizeiro é considerado uma fonte de renda para as várias regiões onde ele está presente, sendo comercializado em feiras livres e mercados (SILVA; TUBALDINI, 2014).

Figura 2: Fruto do pequi em desenvolvimento. Fonte : www.emater.go.gov.br

Sua importância econômica está voltada para as indústrias alimentícias e do ramo de cosméticos, tanto pela extração do óleo quanto pela polpa (SANTOS et al.,2013). Ainda há o aproveitamento da casca para alimentação de ruminantes e produção de adubos orgânicos (RODRIGUES et al.,2018).

Figura 3: Fruto do pequizeiro maduro. Fonte: www.emater.go.gov.br

Devido ao seu grande potencial nutricional e econômico, o pequi é também chamado ouro do Cerrado (SANTOS et al., 2013; RIBEIRO, 2000). Esse fruto faz parte da cultura de várias localidades em que são realizados eventos em alusão ao pequi, como a Festa Nacional do Pequi em Montes Claros (SILVA; TUBALDINI, 2014).

Figura 4: Festa Nacional do Pequi, Montes Claros (MG). Fonte: Fábio Marçal

Nesse contexto observa-se a grandiosidade do pequi no Brasil e quanto se faz necessário preservá-lo para que as próximas gerações possam desfrutar desse fruto tão valorizado!

 

Referências

DAMIANI, C.; ALMEIDA, T. L.; COSTA, N. V.; MEDEIROS, N. X.; SILVA, A. G. M.; SILVA, F. A.; LAGE, M. E.; BECKER, F. S. Perfil de ácidos graxos e fatores antinutricionais de amêndoas de pequi crua e torrada. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 43, n. 1, p. 71-78, 2013.

LIMA, A. Caracterização química, avaliação da atividade antioxidante in vitro e in vivo, e identificação dos compostos fenólicos presentes no pequi (Caryocar brasiliense Camb.). 2008. ... f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

MACEDO, J. F. Pequi: do plantio à mesa. Belo Horizonte: EPAMIG, 2005. 44 p. (Boletim Técnico, 76).

OLIVEIRA, M. E. B., GUERRA, N. B., BARROS, L. M., ALVES, R. E. Aspectos agronômicos e de qualidade do pequi. Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2008. 32 p. (Documentos 113). 2015.

RIBEIRO, R. F. Pequi o rei do cerrado. Belo Horizonte: Rede Cerrado, 2000. p. 62.

RODRIGUES, M. C.; ARRUDA, H. S.; RAMOS J. A. S. C.; ALMEIDA, M. E. F. Utilização das cascas e amêndoas do pequi por moradores do norte de Minas Gerais. Revista de Agrotecnologia, v.9, n.2, p.41-48, 2018.

SANTOS, F. S; SANTOS, R. F; DIAS, P. P; ZANÃO JR. L. A; TOMASSONI, F. A cultura do Pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Acta Iguazú, v. 2, n. 3, pág. 46-57, 2013.

SILVA, M. N. S.; TUBALDINI, M. A. S. O pequi como recurso de uso comum e patrimônio cultural sertanejo. Geo UERJ, v. 1, n. 25, p. 161-182, 2014.

 

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