O
Brasil apresenta uma vasta gama de riquezas, no entanto os padrões de qualidade
de vida não são dos melhores, apresentando, por exemplo, dificuldades de acesso
à educação e a saúde. Observa-se que essa situação é mais difícil para pessoas
que apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica.
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Figura 1: Café com PET: Acessibilidade |
Com
vista a este cenário, o grupo PET Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una,
promoveu mais uma roda de conversa (Café com PET), na UFPI – Campus Professora
Cinobelina Elvas, para buscar discutir sobre as dificuldades enfrentadas por
essas pessoas com necessidades especiais, propor possíveis soluções e entender
como se encontra verdadeiramente o cenário na universidade. Para isso, contou-se
com a presença das irmãs Roseane e Rosângela Borges, estudantes do Campus, que
são cadeirantes e possuem nanismo, além da presença do diretor da instituição
Stelio Lima, do pedagogo Marcelo Manoel de Sousa, alguns professores e
discentes da Universidade, e a discussão teve como base a situação das mesmas.
As irmãs sofreram dificuldades ao longo de toda
sua vida devido suas condições físicas, contudo isso nunca foi motivo para
fazer com que elas desistissem dos seus sonhos, tendo sido mencionado pelas
mesmas que alguns ex-colegas do ensino básico já falaram que as veem como
motivo de inpiração. Elas mencionaram o desapontamento que sofreram ao entrar
no ensino superior, onde achavam que ia ser diferente, e que haveria mais
inclusão para as mesmas. Mas não foi bem assim; muitas foram as dificuldades
apresentadas para mesmas, como falta de acesso ao restaurante universitário,
ausência de mesas adequadas, imparcialidade dos professores e falta de
sensibilidade de alguns discentes.
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Figura 2: Discentes Rosangela e Roseana falando sobre as dificuldades de acesso a Universidade |
O
diretor do CPCE Stelio Lima falou dos desafios enfrentados pela instituição
quanto à acessibilidade das pessoas com alguma limitação física, e
demonstrou-se bastante empenhado na causa, enfatizou que várias são as
tentativas em busca de recursos para melhorar o acesso a essas pessoas.
Mencionou os avanços já conseguidos ao longo dos anos, como rampas, mesas para
cadeirantes, máquina de braille, ônibus adaptado, monitores para acompanhamento
e etc. Afirmou ainda que ele tem que visar não só o caso das meninas, mas todas
as pessoas com algum tipo de necessidade, que já estão no campus ou que vão
entrar.
O pedagogo falou do nível médio de
acessibilidade que a universidade apresenta, mas que, no caso das irmãs, é algo
muito especifico, por conta disso fica mais difícil. Enfatizou, que a
acessibilidade só não é melhor para todos que precisam por conta de falta
recursos e não de sensibilidade dos gestores. Mencionou a resolução n°
054/2017, que dispõe sobre o atendimento educacional a estudantes com
necessidades educacionais especiais na Universidade Federal do Piauí.
O
problema não está nas pessoas com alguma especificidade e sim nos olhos de quem
vê. O grupo PET apoia a causa dessa minoria e está disposto ajudar. Acompanhe
as redes sociais do grupo, pois essa causa não acaba aqui, além de muitas
outras atividades desenvolvidas pelo PET, em prol da sociedade, ensino e
pesquisa. O debate sobre acessibilidade
continua no próximo Café com PET.
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