CACTO NATIVO DA CAATINGA MELHORA RENDA DE COMUNIDADE EM PERNAMBUCO

18:11:00 Grupo PET-Intervenção Socioambiental em Uruçuí-Una 0 Comments Category :

O extrativismo do buriti (Mauritia flexuosa L.) é uma atividade que tem sido utilizada durante gerações para subsistência e também para geração de renda pelos trabalhadores rurais da Estação Ecológica de Uruçuí-Una, no sul do Estado do Piauí. As comunidades que ali residem utilizam de produtos feitos a partir do buriti, espécie nativa do Cerrado e abundante na região, principalmente polpa e óleo extraído desta. Após as atividades de intervenção socioambiental realizadas pelo grupo PET junto às comunidades foi possível verificar uma melhoria na qualidade de vida destas.
O uso de produtos feitos a partir de frutos e outras matérias-primas nativos tem sido uma alternativa na busca de melhoria na renda de inúmeras comunidades tradicionais no Brasil. Um exemplo disso é a comunidade do Assentamento Mandacaru, localizado a 18 km da sede do município Petrolina, no Estado de Pernambuco. Além da criação de animais e a agricultura desenvolvida pelos homens, as mulheres se organizaram e através do trabalho comunitário criaram a “Associação de Agricultores e Agricultoras Familiares do Assentamento Mandacaru - AAFAM” e encontraram na Caatinga uma nova fonte de renda – o xique-xique.
Espécie típica da Caatinga, o xique-xique (Pilosocereus gounellei) mudou a vida da comunidade do Assentamento Mandacaru, onde os moradores geram renda a partir da produção e comercialização de um doce feito a partir do cacto, considerado um dos símbolos da região. Antes da produção do doce, o cacto era utilizado apenas para alimentar os animais.

Cacto xique-xique (Pilosocereus gounellei).
A coleta é feita de modo que a planta possa se recuperar e continuar fornecendo matéria-prima. O doce de xique-xique é uma boa fonte de nutrientes, uma vez que a polpa do cacto é rica em água, fibras e magnésio. Além dos doces, a associação produz polpas e geleias de frutas da região, como goiaba e banana. Os produtos são vendidos em redes de restaurantes populares e cozinhas comunitárias, gerando renda para essas mulheres e suas famílias.


Coleta da polpa do xique-xique.
(Fonte: Rede Globo)

Polpa do xique-xique coletada.
(Fonte: Rede Globo)

Doce feito a partir do xique-xique.
(Fonte: Rede Globo)
A AAFAM produz, ainda, mais 11 tipos de doces a partir de hortaliças, frutas e legumes como cocada de cenoura, de beterraba, ou geleia de manga. São 70 famílias no assentamento, onde 17 delas estão envolvidas no plantio e colheita dos produtos. Para preparar os doces, um grupo de dez mulheres passou por treinamento e capacitação. Os 300 quilos semanais produzidos atende a uma demanda que lhes chegam sistematicamente. A produção é entregue ao PAA – Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério de Desenvolvimento Social e vai parar na mesa do restaurante popular de Petrolina, além de casas de atendimento filantrópico. (Fontes: Rede Globo; Gazzeta)

HISTÓRIA
A associação foi fundada em 2000 por um grupo de agricultores familiares saídos da cidade em busca de produzir e de melhores condições de vida.
Os primeiros assentados já tinham ligação com a agricultura e deixaram a cidade para tentar a vida na zona rural, mas encontraram dificuldades e passaram cerca de dois anos e seis meses vivendo debaixo de lonas. Em 2003, as moradoras deram início à produção de artesanato. Em 2002 foi implantado um projeto de irrigação, porém apenas a partir de 2009 foram iniciados os trabalhos junto a programas governamentais de fomento. (Fonte: G1)
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