segunda-feira, 16 de junho de 2014

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE COMEMORA DIA MUNDIAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO

Nesta segunda-feira (16), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) comemora o Dia Mundial de Combate à Desertificação. A data oficial, instituída pela Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), é 17 de junho. Com o campeonato mundial de futebol no Brasil, as comemorações foram antecipadas.
Durante o evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entregará certificados a representantes de projetos reconhecidos pelo programa Dryland Champions, organizado pela UNCCD, por reconhecer indivíduos, organizações e empresas cujas ações, iniciativas ou projetos promovam a gestão sustentável do solo e o combate à desertificação e à seca.
O evento contará com a presença do representante da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) junto à UNCCD e à Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), José Procópio Lucena, do secretário de Meio Ambiente do Sergipe, Genival Nunes, e do prefeito do município de Irauçuba (CE), José Elisnaldo Mota Pinto.
Irauçuba foi o primeiro município no Brasil a ter uma política municipal de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca. De acordo com o secretário executivo da CNCD e diretor do departamento de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, as ações realizadas pelo município cearense são referência no meio. “A gestão ambiental sustentável, em parceria com o Fundo Clima, o Programa Água Doce e o Projeto Econormas, fortalece as ações do município nas áreas susceptíveis à desertificação”, afirmou Campello.
Já o estado de Sergipe tem um plano estadual de combate à desertificação, que inclui a realização de diagnóstico florestal, projetos para cerâmicas sustentáveis, ordenamento ambiental em assentamentos, apoio à elaboração de planos municipais de combate à desertificação no Alto Sertão e inventário florestal.

O evento começa às 9h, no Auditório do Edifício Marie Prendi Cruz, localizado à SEPN 505, Bloco B, Asa Norte, Brasília. No local, haverá duas exposições fotográficas: uma sobre os projetos contemplados pelo Programa Dryland Champions e outra intitulada A ave na Caatinga, do fotógrafo João Vital Evangelista Souto. (Fonte: Ambiente Brasil) 

DESERTIFICAÇÃO EM IRAUÇUBA - CE
Um exemplo de combate à desertificação no país vem do município de Irauçuba, localizado na região norte do Ceará, que desde 2009 é o primeiro município do país a ter seu Plano de Ação Municipal de Combate à Desertificação.
O projeto iniciou com a criação de uma lei municipal que instituiu a Política Municipal de Combate e Prevenção à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca de Irauçuba e lançado o Plano de Ação Municipal, que é uma iniciativa local do Instituto Cactos, presidido pelo professor Francisco Gilvane Mota, em parceria com o Fórum Irauçubense de Convivência Solidária e Sustentável com o Semi-Árido, GPCD-Grupo Permanente de Combate à Desertificação além do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca-PAN-Brasil do MMA-Ministério do Meio Ambiente.
O citado plano acha-se voltado para cinco componentes: diagnóstico e alerta do quadro de degradação; política de desenvolvimento sustentável da caatinga e ecossistemas em transição; preservação e recuperação de áreas afetadas com ações de curto, médio e longo prazo; articulação de órgãos governamentais e ONGs; e Educação Ambiental. (Fonte: SRH - CE)

DESERTIFICAÇÃO NO PIAUÍ
No Piauí, mais precisamente em áreas da grande região de Gilbués, a degradação ambiental encontra-se num processo bastante acelerado, envolvendo 07 (sete) municípios segundo informações da população local. De acordo com o IBGE (2004) apenas nos municípios de Monte Alegre do Piauí, Gilbués e Barreiras do Piauí, já alcançam uma área de 7.694 km², que equivale a 769.400 ha. Hoje, a erosão, inclusive com voçorocas, ameaça cidades, povoados, estradas, propriedades rurais e urbanas, assim como, é uma das maiores fontes de sedimentos para o assoreamento de baixões, riachos, rios, lagoas e barragens que ficam a jusante do processo de degradação. Como consequência, os principais cursos d’água da região - os rios Gurguéia e Uruçuí Vermelho, apresentam-se bastante assoreados, e, por extensão, o rio Parnaíba. (Fonte: Panorama da desertificação no Estado do Piauí, 2005)
Para tentar reverter a situação, em 2003 foi implantado o Núcleo de Pesquisa de Recuperação de Área Degradada (NUPERADE), em Gilbués, com o intuito de apoiar estudos sobre o fenômeno da desertificação e testar tecnologias para o controle do processo de degradação de terras e promover a recuperação de áreas degradadas da região. O programa tem ação conjunta dos Ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Integração Nacional e Governo do Estado do Piauí, através da SEMAR e Fundação Agente e é coordenado pelos engenheiros agrônomos Adeodato, Ari Cavalcante, Milcíades de Lima e Francisco.
Desde seu início, o NUPERADE tem desenvolvido ações de mitigação dos efeitos da desertificação, como a implantação de horta comunitária irrigada; um viveiro com capacidade para produzir 60 mil mudas; o plantio das mudas cultivadas no viveiro, com objetivo de revegetação de matas ciliares; e o plantio de árvores frutíferas que beneficiam os agricultores da região de Gilbués. No início deste ano foi concluída a 2ª etapa do trabalho de recuperação das áreas degradadas. (Fonte: SEMAR – PI)

Desertificação em Gilbués - PI.


Desertificação em Gilbués - PI.

Horta comunitária instalada.

Viveiro de mudas.

Reflorestamento da área.


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